Publicada em 29/04/2024 às 14h32 (atualizada há 30/04/2024 - 10:48)
O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª região realizou na quinta-feira (25/4), na sala de sessões do Tribunal Pleno, o encontro “Roda de Conversa: A Experiência do Programa de Aprendizagem no TRT6”, uma troca de vivências sobre a experiência dos participantes do Programa de Aprendizagem do Regional.
O evento contou com a participação da desembargadora Solange Moura de Andrade, da professora da Universidade Federal de Alagoas e pessoa com deficiência auditiva Magda Souto Rosa do Monte, do representante da Rede Salesianos (Escola Dom Bosco) Anderson Muniz e dos intérpretes da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) Irany Silva (Universidade Federal de Pernambuco) e José Barbosa (servidor da 2ª Vara do Trabalho de Paulista). Também participou a fundadora da ONG "Projeto Inclusão do Amor", Natália Alves.
O evento foi conduzido pela gestora e coordenadora do Comitê do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem deste Tribunal, Maria Odete Freire, e discutiu a necessidade de inclusão de pessoas com deficiência auditiva no programa e no mercado de trabalho, além de realizar a troca de experiências entre aprendizes e supervisores.
Os relatos de quem participou da roda comprovam o sucesso da iniciativa e o retorno proporcionado, não só para os/as aprendizes como para o próprio Regional.
A aprendiz Wanessa Costa Ribeiro fez um depoimento colocando que entrou no programa com uma forma de ver a vida muito infantilizada mas que cresceu muito no período de aprendizagem. “Estou aprendendo muita coisa na Escola Judicial, que eu estou levando para dentro e para a minha vida lá fora. Eu não me importava tanto com o estudo, mas o Mário (supervisor) conversava muito comigo sobre como é importante. Hoje estudo para ser o que quero: policial judiciária, para atuar aqui no Tribunal”.
O ex-aprendiz Rivson Guilherme Bezerra De Brito, quando recebeu a proposta de participar, havia acabado de ficar desempregado. “A primeira coisa que eu levo daqui é a empatia com as pessoas. Foi isso que tiveram comigo quando eu cheguei aqui. E a segunda coisa é a autoconfiança, que todos me ajudaram a construir quando eu comecei no programa. Foi uma honra. Aprendi muito. Fiz amigos, que daqui levo e torço muito por eles. Espero voltar como servidor. É uma promessa”.
O TRT-6 também se beneficia muito da experiência. Segundo o supervisor Mário dos Santos de Assis: “a presença de jovens aprendizes no Tribunal traz uma humanização dos ambientes. Quebra aquela rotina de produtividade, de metas, e lembra que a gente pode, mesmo nesse corre-corre do dia a dia, fazer a diferença na vida de uma pessoa, daquele jovem, daquela jovem. Se aprende o exercício da empatia, de se colocar ao lado do outro e de recepcionar. Nesse ano e meio em que Wanessa (aprendiz) está lá com a gente na Escola Judicial, toda a equipe percebe que houve uma diferença no comportamento de cada um. Um exercício de sermos mais tolerantes, mais compreensivos, e de entender que cada jovem de fora traz uma vivência que é importante para a gente”.
Compuseram a roda:
- Wanessa Costa Ribeiro (Aprendiz);
- João Paulo Miguel da Silva (Aprendiz);
- Rivson Guilherme Bezerra de Brito (Ex-aprendiz);
- Maria Odete Freire de Araújo, Juíza do Trabalho. (Mediadora);
- Mário dos Santos de Assis (Supervisor);
- Raimundo Nonato Passos Luz (Supervisor);
- Magda Souto Rosa do Monte (Professora Convidada).
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Texto: Silvio Britto / Foto: Jéssica Marques